No post "Eu, meu peru, meu peru e eu", fiquei devendo a entrevista que fiz para a IstoÉ com a britânica Ingrid Newkirk, fundadora da ONG PETA. A conversa foi publicada na edição desta semana da revista e está disponível no site, que tem até videozinho produzido por Izadora Rodrigues. Não sou vegetariana, apesar de ter sido por alguns meses durante uma viagem à Índia e na volta ao Brasil em 2004. Tudo começou mais por falta de opção, do que por convicção. Mas, depois de entrevistar a Ingrid e assar um peru, parei pra pensar e até hoje estou mexida. A entrevista é polêmica, nem todos concordam. Mas, quem alimenta o mínimo interesse pelo assunto, vai gostar de ler.
Que a Mrs. Ingrid não me ouça, mas a minha breve experiência como vegetariana teve um final tragicômico. Como me senti bem no período que não comi carne na Índia, ao chegar no Brasil, disse para o amigo que morava comigo, o Felipe Morozini, que eu seguiria vegetariana. Ele, que também já tinha ido para a Índia, virado vegetariano e desistido depois, preferiu não comentar. Três meses se passaram. Eu continuava longe das carnes, sem esforço ou drama. Até o dia que eu, conversando com esse amigo na cozinha, ataquei o salaminho com limão que ele petiscava enquanto cozinhava. Eu, concentrada no papo, nem percebi. Comi um, dois, três, vários. O Felipe não aguentou. Soltou uma gargalhada e me perguntou: "ainda é vegetariana?". Eu não acreditei no que tinha feito. Não respondi. Só continuei comendo o salaminho. E, não tocamos mais no assunto. Tenho certeza que pelo menos ele me entendeu.
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