Tuesday, December 28, 2010

Tim-tim

Ano Novo representa, antes de tudo, esperança, pelo menos para mim. Nos vestimos, perfumamos, vestimos e perfumamos os nossos filhos, para a virada do dia 31 para o dia primeiro, sonhando em tempos melhores. É o que nos move a abrir aquele champanhe trincando, a preparar aquela ceia especial, a celebrar as conquistas do Ano Velho e nascimento do Ano Novo, a cantar a famosa musiquinha "Adeus ano velho, feliz ano novo...", que é cafona, mas a principal diversão das crianças e dos bêbados de plantão. Lá em casa, temos as duas espécies. Agora, o que fazer quando o Ano Novo já te reserva desafios nada confortáveis? Quando pensar nele te dá aquele friozinho na barriga? Aquela sensação de insegurança? Eu andava assim até ler uma entrevista da astróloga-pop Susan Miller, na Trip. Foi publicada há uns meses, mas só chegou nas minhas mãos hoje. Sou mais cética do que crente em astrologia, mas me impressionei pela história de vida dela. Ela revela que a mãe chamava as adversidades de "modeladores de caráter". Faz sentido. É nessas horas que temos de lidar com os nossos demônios, ser éticos, e chegar lá. Resolver tudo da melhor maneira. Esse é o meu desafio para 2011, cujas forças pretendo encontrar numa boa garrafa de champanhe e nos abraços dos "meus famílios", como diz o meu filhote.

Monday, December 27, 2010

Eu, meu peru. Meu peru, e eu

Lá em casa, o maridão é o chef de cozinha. Nunca tive muito espaço, nem muita moral, nesse cômodo da casa. Mas, nesse fim de ano, ele estava cansado e eu, fui convidada a agir. Resolvi, então, encarar o peru de Natal. Pensei, todas as mulheres fazem, também sou capaz. Me empolguei depois que a minha amiga Ananda fez o dela pela primeira vez esse ano também, para a nossa reuni pré-Natal, há duas semanas. E, claro, foi um sucesso (mas, longe de mim, invejar o peru da minha amiga, que fique bem claro). Fiz peru, farofa e salada. O arroz, básico, ficou com o maridão (é importante que ele não fique mal acostumado). Todos disseram que ficou gostoso. Eu, pessoalmente, achei beeeem honesto. O mais complicado não foi ficar abrindo e fechando o forno a cada vinte minutos para pincelar margarina no bicho (detalhe: era almoço do dia 25 e eu, como boa parte do planeta, estava de ressaca). O duro mesmo foi tirá-lo da embalagem. Muito nojo! Lembrei do livro novo (nem tanto assim) da americana Julie Powell, "Destrinchando". Entendi menos ainda o encantamemto dela por carnes cruas e entranhas animais. Lembrei também da fundadora-presidente da ONG PETA, a inglesa Ingrid Newkirk, que entrevistei recentemente para a IstoÉ, mas cuja conversa ainda não foi publicada. Quase me tornei mais uma PETA-lover. Quer dizer, quem sabe, não está nascendo em mim, em tempos natalinos, uma militante.

Necessidade feminina

Hoje, li uma reportagem no The New York Times que fala sobre as mulheres paquistanesas. É daquelas que deixa a gente, ocidentais, com falta de ar. Jovens estão deixando a burca no armário, brigando com a família e sofrendo ameaças de morte por resolver trabalhar fora. Mas, a revolução, em um dos países onde o sexo feminino nada pode, não é motivada por causa de uma retardatária onda feminista, ou por desejos de liberdade. Quem dera, fosse. É por necessidade. O Paquistão vem sendo arrasado por altos índices de inflação. E, o salário dos homens, até então os únicos provedores, não segura o sustento das famílias, onde as mulheres ficam em casa cuidando do lar, dos filhos e se esforçando para agradar os maridos, pais e irmãos. São moças como Rabia Sultana, de 21 anos, que desde maio, quando arrumou um emprego no balcão do Mc Donalds, é mal tratada por sua família. Ela gasta seu salário de 100 dólares (!?) nas despesas da casa e no estudo das irmãs mais novas. Ainda assim, ninguém fala com ela na hora do jantar. O irmão mais velho chegou a fazer a típica cena. Deu-lhe um tapa na cara, confiscou-lhe o uniforme de trabalho e disse que a mataria se ela colocasse os pés para fora de casa. Mas, mais tarde, enguliu seco. O confisco de uniformes por imãos raivosos é tão comum que redes de lanchonetes, ao contratar paquistanesas, dão a elas três trocas de roupa. Os homens paquistaneses, pela primeira vez na história recente de seu país, estão tendo de rever seus conceitos por pura sobrevivência. E, agora, mais do que nunca, dependem das mulheres, também para ter o que comer. Eu torço para Rabia, em breve, ter condições (financeiras e morais) de ter a sua própria casa, onde seu marido e seus filhos a respeitem pela mulher que ela é. E, conversem com ela na hora do jantar. Afinal, isso também é uma necessidade.

Wednesday, December 22, 2010

Unhas douradas

Hoje cedo, fui pintar a unha e fiquei em dúvida entre o amarelo e o dourado. A minha manicure recomendou o segundo, que "além de atrair dinheiro, traz glamour". Uma boa para a virada do ano, hum?
Tem de Lancôme e Chanel, que esteveram nas passarelas das semanas de moda internacionais, a Risqué e Colorama, que também dão o recado.