Lá em casa, o maridão é o chef de cozinha. Nunca tive muito espaço, nem muita moral, nesse cômodo da casa. Mas, nesse fim de ano, ele estava cansado e eu, fui convidada a agir. Resolvi, então, encarar o peru de Natal. Pensei, todas as mulheres fazem, também sou capaz. Me empolguei depois que a minha amiga Ananda fez o dela pela primeira vez esse ano também, para a nossa reuni pré-Natal, há duas semanas. E, claro, foi um sucesso (mas, longe de mim, invejar o peru da minha amiga, que fique bem claro). Fiz peru, farofa e salada. O arroz, básico, ficou com o maridão (é importante que ele não fique mal acostumado). Todos disseram que ficou gostoso. Eu, pessoalmente, achei beeeem honesto. O mais complicado não foi ficar abrindo e fechando o forno a cada vinte minutos para pincelar margarina no bicho (detalhe: era almoço do dia 25 e eu, como boa parte do planeta, estava de ressaca). O duro mesmo foi tirá-lo da embalagem. Muito nojo! Lembrei do livro novo (nem tanto assim) da americana Julie Powell, "Destrinchando". Entendi menos ainda o encantamemto dela por carnes cruas e entranhas animais. Lembrei também da fundadora-presidente da ONG PETA, a inglesa Ingrid Newkirk, que entrevistei recentemente para a IstoÉ, mas cuja conversa ainda não foi publicada. Quase me tornei mais uma PETA-lover. Quer dizer, quem sabe, não está nascendo em mim, em tempos natalinos, uma militante.
No comments:
Post a Comment