Friday, April 1, 2011
Oi? Eu te conheço?
(Legenda da foto: Amiga da onça? Tô fora!)
Quando eu era adolescente e tinha uma porrada de amigos, o meu pai sofria seu banzo. "Quando a gente é jovem, temos muitos amigos. Depois, com o passar dos anos, eles se vão aos montes".
Eu achava esse tipo de comentário uma tristeza, e respondia pra mim mesma, sem que ele ouvisse: "tenho certeza de que quando eu tiver a sua idade terei um monte de amigos".
Hoje, tipo 15 anos depois, eu vejo que, em parte, o meu pai tinha razão. E que, diferente do que eu pensava, isso não é tão triste assim. É como no sexo, muitas vezes acontece de se perder em quantidade, mas se ganha em qualidade.
Sei que hoje, em tempos de redes sociais, blogs, etc, pega mal dizer que temos poucos amigos. Mas eu não ligo não. Mesmo. Porque os amigos que tenho, das antigas, e de agora, mais ausentes e mais presentes, são demais! Especiais, verdadeiros, sinceros, ponta-firme. São pessoas que não se afastaram de mim, nem mesmo quando sai do mercado, quando deixei de pegar balada todo dia, quando meu filho nasceu e a rotina apertou ainda mais.
Amigos vem, amigos vão, mas nada me assusta mais do que as grandes transformações. O que acontece quando aquela pessoa que te conhece tão bem, é tão presente, super parceira, tipo irmã, muda? De repente se transforma em algo que não tem nada a ver com vc? E pior, te agride de alguma maneira, seja sutilmente, seja na caruda? Bom, não tenho a resposta. Mas, amigos da onça, tô dispensando mesmo. Fui!
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