Thursday, May 12, 2011
MAMAÇO: Pelo direito de dar de mamar na hora que o bebê quiser e no lugar que ele sentir fome!
(A foto do mamaço: em breve no Moderno)
Só sinto o meu filho ter quase cinco anos e não mamar mais no peito. Eu queria muito poder engrossar o coro do mamaço que acontece hoje às 15h no Itaú Cultural, na Av. Paulista, em São Paulo.
O mamaço é um protesto, organizado por mães que exigem o seu direito de dar de mamar em público, e dos seus filhos de mamarem quando têm fome independente do lugar. Exigem também o fim do preconceito e da visão erótica desse ato tão puro, tão importante e tão natural. Elas estarão lá, com os seus bebês grudados no peito, que é assim que tem que ser. Ninguém nunca ouviu falar na importancia da amamentação? Ninguém nunca teve filho, ou terá um dia?
Eu fico me perguntando: será que essas pessoas que se ofendem tanto quando vêm uma mãe dar de mamar a seu bebê nunca mamaram no peito? Ou nunca sentiram falta disso? Por que tanto preconceito, tanta tara ou tanto nojo? O mundo está mesmo torto.
O protesto das meninas, pelo menos uma delas, uma grande amiga minha, a Roberta Martinho, acontece porque uma garota foi impedida de amamentar o filho dentro do Itaú Cultural em março passado. (O Itaú Cultural já fez um pedido oficial de desculpas. Tanto que o protesto seria em frente ao prédio e será uma performance lá dentro).
De lá para cá, outros casos de preconceito pipocaram. Aqui no Brasil, teve mulher censurada no Facebook por postar foto dela amamentando o filho. No Exterior, a babaquice (não há outra palavra) também acontece. Dia desses uma garota foi impedida de dar de mamar a seu filho em um pub em Londres. Disseram para ela fazer isso no toalete. Ela respondeu: por acaso você gosta de fazer as suas refeições no banheiro? Achei a resposta dela muito boa, apesar de não ter surtido efeito.
Mas o que mais me chocou foram os comentários de certos leitores do UOL sobre a matéria da mãe londrina. Chega a dar dó, e lamentar a existência de homens (era a maioria esmagadora) tão equivocados com a vida.
Eu amamentei o meu filho até os dez meses. Tenho certeza de que somos tão próximos, apaixonados e cumplices por isso. E que ele tem uma autoestima e uma saúde excelentes por isso também.
As pessoas não têm mais coração?
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