Tuesday, June 28, 2011

Minha nuca assinada



(Na foto acima, minha nuca bafônica. Na de baixo, Samuca tirando uma de assistente de fotógrafo. Ele mandou bem, mas sua praia mesmo são as tesouras)    


Para quem não está ligada, o britânico Vidal Sassoon (hoje com 83 anos) fez história no hairstyling mundial. Criou cortes modernos, desenvolveu técnicas revolucionárias e deu à mulher moderna a liberdade que precisava, exatamente no momento em que ela começava a conquistar o mercado de trabalho e não tinha tempo de morar no salão. (A modelo inglesa dos anos 70 Twiggy foi grande divulgadora de sua arte). 
Graças às técnicas de Sassoon, nós passamos a não depender tanto dos profissionais. (Muitas de nós) lavam os cabelos, deixam secar, e eles ficam lindos e cheios de personalidade - naturalmente. Simples assim.   

Foi assim que Sasson também revolucionou a minha vidinha. Desde que cortei os meus cabelos bem curtos com o cabeleireiro Samuel Semog, do salão Bardot, na Vila Madalena, em São Paulo, sou uma mulher livre. Samuca é um dos seguidores do seu estilo e modo de pensar.   
Há mais de seis meses, uso meu cabelo bem curto, com a marca de Sasson e assinatura de Samuca. Mês passado, estive no Bardot e reencontrei Samuel, que já sabia muito, mas acabava de voltar de Miami, onde fez um curso sobre técnicas do mestre britânico. 

Pronto, virei cobaia. E, adorei. Olhem só a nuca estilo Sasson que o Samuca criou especialmente para mim! Bafo bafônico.            

Monday, June 27, 2011

Retrocesso


Dias ausente, por estar de férias, volto ao Moderno, indignada. O motivo é o discurso deprimente da deputada estadual (como assim?) do Rio de Janeiro Myrian Rios no plenário da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro).
O discurso dispensa maiores comentários. Não defendo o politicamente correto acima de tudo, nem a censura, mas liberdade de expressão tem limite.
Essa mulher, aprendiz de Bolsonaro, é uma vergonha ao gênero feminino e deveria ser interditada.
Saquem só:

“Não sou preconceituosa e não discrimino. Só que eu tenho que ter o direito de não querer um homossexual como meu empregado, eventualmente”, disparou. “Por exemplo, digamos que eu tenha duas meninas em casa e a minha babá é lésbica. Se a minha orientação sexual for contrária e eu quiser demiti-la, eu não posso. O direito que a babá tem de querer ser lésbica, é o mesmo que eu tenho de não querer ela na minha casa. São os mesmos direitos. Eu vou ter que manter a babá em casa e sabe Deus até se ela não vai cometer pedofilia contra elas, e eu não vou poder fazer nada”, disse ela.

O mais surreal é o modo como ela começa o raciocínio. Sequer é capaz de admitir ser preconceituosa. Apesar das feições infantis, ela esqueceu que não é mais criança - há muito tempo, inclusive. Cresce, fofa!      

Friday, June 10, 2011

Grafite de tricô







Esse é o tipo de post que vale pelas fotos e que é a cara do Moderno!
Trata-se de um tipo de intervenção urbana que usa tricô para decorar carros, ônibus, postes, árvores, etc nas ruas das cidades.
O movimento mais famoso nessa linha é o “Yarn Bombing” (que quer dizer algo como bombardeio de novelos). Há também o "Grandma Grafitti' (grafite da vovó).
A ideia está prestes a chegar no Brasil, mais especificamente na Vila Madá, em São Paulo. Demorô!  

Thursday, June 9, 2011

Separada da filha por "amamentar demais"? Espero que não


Essa semana, a história de uma mãe marroquina de 22 anos, cuja filha de 1 ano e três meses foi arrancada de seus braços, num centro de apoio a mães e filhos carentes em Madri, tem chocado o mundo - e transtornado aqueles que carregam a bandeira da amamentação, caso do Moderno.

A mãe alega que a filha foi levada porque ela "amamentava demais" a garota. (Como assim, amamentar demais??? A mãe dá de mamá sempre que a criança tem fome). A diretora do tal centro chegou a dizer que a mãe amamentava de maneira caótica e não com fins alimentares a menina, insinuando algum tipo de perversão. Oficialmente, o centro informou que a mãe não tinha condições de cuidar da filha por problemas psicológicos. Mas, nada foi comprovado. Ou seja, a mãe não seria louca, nem drogada.

O absurdo é tão grande que basta um argumento para desmontar por completo o pensamento da tal diretora do centro: segundo a OMS a amamentação materna deve se estender até os dois anos de vida da criança.

Olhando mais amplamente surgem outras explicações para a separação de mãe e filha, desde 30 de maio. Pode ser preconceito contra a mãe, que é do Marocos e pobre. Difícil saber.

Dia 30 de maio foi o aniversário do meu filho - coincidência que me deixa ainda mais transtornada. A mãe está com estresse e a menina, não é difícil imaginar o tamanho do sofrimento.